13.2.11

Até que ponto é justo saber que o bebé vai nascer com polimalformações e não abortar?
Não digo que seja uma decisão fácil, que certamente não é. E certamente é muito fácil falar de fora, aqui no meu mundinho, longe (espero eu) de viver semelhante situação.
Mas ver bebés assim dói, é um balde de água fria que nos faz questionar tudo e mais alguma coisa. Para aí tanto bandalho e vão aquelas coisinhas boas sofrer tanto. Não é justo. Raios, não é mesmo nada. 
E andava a outra a fazer passar-se por doente oncológica...
O que me deixa a pensar é que há exames que detectam malformações graves. O que levará uma mãe a prosseguir com a gravidez? É que não se trata de "ai que não estou para isto", mas sim da falta de qualidade de um ser humano que viverá preso dentro de um corpo que não pediu. E claro que cada caso é um caso e que cada malformação tem a sua história. E claro que eu também nasci muito saudável e ninguém garantia que chegasse aos 24 sem problemas, mas isso não é cá conversa. 
Na minha opinião, não é amor deixar nascer uma criança assim. Acho é que se à partida se sabe que a qualidade de vida vai rondar o zero e a esperança de vida não vai muito além disso, não é justo. 
Eu não queria nascer assim.

(E reforço que estou a falar de coisas graves, que praticamente não têm solução.)

2 comentários:

a Gaja disse...

Assino por baixo do que escreveste. Se hoje em dia há exames que detectam certas malformações no feto e as quais são irremediáveis por mais que custe é poupar sofrimento de um ser humano. Porque quando se decide levar em frente não têm noção do sofrimento que será a vida da criança em questão e de todos aqueles que o rodeiam. Infelizmente as pessoas não têm noção do nível de dependência que uma criança com certas malformações terá.
Por mais cruel que seja sou a favor do aborto.

Ana disse...

Infelizmente para as crianças há muita gente que não pensa assim :/